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ABRIL VERDE: CEREST TRAZ ALERTAS SOBRE ADOECIMENTO MENTAL NO TRABALHO
CRESCE O NÚMERO DE AFASTAMENTOS RELACIONADOS A TRANSTORNOS MENTAIS

No mês de abril, em que é realizada a Campanha de Prevenção de Acidentes e Doenças Ocupacionais, o CEREST de São José do Rio Preto – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, alerta sobre os crescentes índices de adoecimento de transtornos mentais e comportamentais relacionados ao trabalho.
O trabalho tem um papel fundamental para o ser humano se manter socialmente produtivo e reconhecido. Neste contexto, a saúde mental tem recebido uma atenção diferenciada nas últimas décadas. Em meio à precarização, desvalorização do trabalhador, inovações tecnológicas e iminência do desemprego, ocorrem impactos negativos na saúde do trabalhador e, consequentemente, um maior índice de afastamen¬tos por doenças psíquicas. Neste cenário, essas expectativas estão agravadas em razão do momento pelo qual o mundo está passando, a pandemia da COVID-19.
Cresce o número de afastamentos junto ao INSS por transtornos mentais e comportamentais relacionados ao trabalho. Tamanha incidência levou o Ministério da Saúde a incluir este agravo nas notificações compulsórias, pois apesar do trabalhador passar a maior parte do seu dia no ambiente de trabalho, isso não era analisado e considerado no desencadeamento de doenças emocionais.
O sofrimento mental pode ser consequência da organização do trabalho, ou seja, do planejamento da execução do trabalho e do modo de obter os resultados. Quando a organização do trabalho é inadequada e não respeita os limites do trabalhador, pode causar doenças.

Fique alerta
Várias condições de trabalho podem conduzir a riscos psicossociais. Empregadores e trabalhadores devem prestar atenção aos primeiros sinais e ficar alerta em situações como:
• Jornadas de trabalho excessivas;
• Pressão por produção, metas e resultados;
• Exigências contraditórias e falta de clareza na definição das funções;
• Isolamento (tarefas realizadas sem contato com outras pessoas);
• Falta de participação na tomada de decisões que afetam o trabalhador e falta de controle sobre a forma como executa o trabalho;
• Má gestão de mudanças organizacionais, insegurança laboral;
• Falta de reconhecimento e valorização;
• Tensões emocionais, ameaças de desemprego;
• Assédio psicológico ou sexual e violência de terceiros.

Estes e outros fatores vão se acumulando e pouco a pouco começam a surgir os primeiros sintomas do problema, como irritabilidade, sintomas físicos (dores de cabeça, distúrbios estomacais, intestinais, etc.), quadros ansiosos, depressivos, entre outros.
O Ministério da Saúde enfatiza que os riscos à saúde mental devem ser identificados e geridos da mesma forma lógica e sistemática que outros riscos de saúde e segurança no local de trabalho. O reconhecimento por parte dos empregadores e dos trabalhadores da relação entre o trabalho e o adoecimento mental é o primeiro passo para a melhoria dos ambientes e processos, resultando na prevenção destes agravos e na promoção da saúde do trabalhador.
Tanto os acidentes quanto as doenças do trabalho são problemas potencialmente preveníveis, desde que os fatores de risco sejam identificados e que as mudanças e melhorias nas condições de trabalho sejam realizadas.
O CEREST de São José do Rio Preto é um serviço especializado do SUS que atua na Saúde e Segurança do Trabalho com o objetivo de promoção, prevenção e recuperação dos trabalhadores acometidos por doenças ou agravos relacionados ao trabalho. É composto por uma equipe multidisciplinar capacitada para avaliar o ambiente de trabalho e atuar nos fatores de riscos e agravantes encontrados com intuito de evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.

Para mais informações:
CEREST
Endereço: Rua São Paulo, nº 2350, 1º Andar, Vila Maceno
Telefone: (17) 3212-9514
E-mail: [email protected]

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